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ILHA DE PALMAS Pr

Ilha das Palmas: O paraíso do litoral do Paraná que é morada de grande diversidade de peixes 


A Ilha das Palmas está localizada entre as praias do Farol e da Fortaleza, na Ilha do Mel (Brasília) e na Ilha das Peças, ambas no litoral paranaense. No local, há duas ilhas desabitadas e muitos pesqueiros, como costões, parcéis, cascalhos, lajes, cabeços de pedras, ilhotas de rocha e naufrágios. A região é muito conhecida por abrigar grandes pescadas-amarelas, meros, garoupas, badejos, robalos, pampos-sernambiguaras, sargos, corvinas, entre outros peixes. Porém, a maioria dos pescadores amadores que frequentam a região vão atrás das cobiçadas e esportivas pescadas-galheteiras, pescadas-brancas e sargos-de-beiço.

Numa quarta-feira, 2.º dia da lua quarto crescente, ou seja, dia em que a maré tem pouca força e suja menos a água do mar, os amigos Gláucio Lesniow, Gregório Stange, Edson Carlos, conhecido como Zuki, e este que vos escreve, fizeram uma pescaria ótima na piscosa ilha das Palmas. Às 6h30 da manhã do dia da pescaria, os assíduos pescadores já estavam na Marina Oceania, em Paranaguá, me aguardando. Rapidamente, arrumamos os materiais de pesca numa confortável lancha Fishing 19', com motor de 130hp,  que já estava atracada no píer da marina. Pegamos o camarão vivo e depois de 50 minutos de navegação, chegávamos na belíssima ilha das Palmas.


Como a maré estava no começo da enchente, fomos até um pesqueiro com 10 metros de profundidade e tivemos algumas ações de peixes pequenos, como saguás, cocorocas, micholes e sargos-de-beiço. Quando a maré começou a perder a força, seguimos para um parcel no meio do canal principal, local de passagem de peixes grandes. Lançamos a âncora sobre umas pedras, com sete metros de profundidade, e soltamos o cabo até o barco ficar numa área com 18 metros de profundidade. Escolhemos os maiores camarões e mandamos para o fundo. Não demorou muito e o Gregário capturou um belo bagre-guri com cerca de 2 kg. Em seguida, recebi uma forte batida na minha isca e fisguei rapidamente o peixe, que tomou alguns metros de linha. Com muita calma, fui trazendo o bruto até que apareceu na superfície um grande bagre-guri com mais de 5 kg. Foi uma boa festa na lancha.

Quando a maré virou de vazante, reposicionei a lancha entre os cabeços (parte mais alta) de dois parcéis, ou seja, ficamos num "corredor" de pedras com 12 metros de profundidade. Após 7 minutos de espera, um forte peixe bateu na minha linha fazendo a vara envergar no último. Consegui levantar o peixe do fundo de pedra e fui cansando-o, até surgir ao lado da borda da lancha um belo sargo-de-beiço.

No momento em que fazíamos algumas fotos, um grande peixe bateu brutalmente na linha do Zuki e tomou muita linha. Por sorte o bicho não foi para as pedras e o experiente pescador demonstrou muita calma e habilidade para cansar uma grande e forte pescada-amarela, que pesou próximo de 9 kg.

Enquanto fazíamos fotos com o troféu, outro peixe grande bateu em um conjunto médio do Zuki, tomando muita linha do molinete e fazendo a ponta da vara encostar a ponta na água. Imediatamente, todos os outros pescadores retiraram suas linhas da água para evitar um enrosco e deixar a área livre para o "trabalho". Entre muitas tomadas de linha, o pescador foi cansando o peixão vagarosamente até aparecer um grande sargo-de-beiço, de aproximadamente 5 kg.

Como estavam passando peixes grandes pelo parcel, peguei um camarão-pistola, isquei pela cabeça e lancei para o fundo, dando pequenos toques com o chumbo na pedra. Após 5 minutos, um forte peixe bateu na isca, quase arrancando a vara da minha mão e fazendo a fricção da carretilha cantar. Consegui segurar a corrida, colocando o dedo no carretel da carretilha e forcei o material para tirar o peixe de perto das pedras afiadas. A "batalha" demorou uns 5 minutos até aparecer na borda da lancha uma bonita pescada-amarela com cerca de 10 kg. Antes de encerrar a pescaria, o Gláucio ainda capturou uma pescada-galheteira.


Tralha:

O material mais indicado para a pesca na região são varas até 6' (1,80m) com resistência de 15 a 30 libras e ação rápida, molinetes ou carretilhas que comportem, no mínimo, 100 metros de linha, monofilamento 0,45mm ou multifilamento PE 3 (30 lbs). Os chumbos devem variar de 60 a 150 gramas em formato de gota, bola ou carambola, que são os que menos enroscam. Os anzóis podem ser os de arame fino tipo "unha de gato", os melhores são o 3/0 da Owner modelo S-61 e o 2/0 da Gamakatsu modelo Shiner S.E.


Dicas:

Na linha principal utilizo um rotor, tipo "rabo-de-porco", onde em uma das saídas uso líder fluorcarbono 0,60mm com anzol de ótima qualidade e na outra linha 0,50 com a chumbada. O rotor melhora a apresentação da isca (camarão ou sardinha), deixando-a com o nado mais natural e não enrolando na linha. Outro benefício é na hora em que enrosca nas estruturas, pois arrebenta sempre a linha mais fina com a chumbada.

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